Governo Lula quer povo calado e indefeso
O governo está tentando demover a população do
exercício da política, da manifestação política, da crítica, da oposição.
Quando houve aquela manifestação grande, lamentavelmente empanada pela invasão
de prédios públicos com quebra-quebra, foi todo mundo para a cadeia: 1.390
pessoas presas, das quais 200 ainda estão detidas. Estão pedindo que o ministro
dos Direitos Humanos pelo menos dê o sinal de sua graça. A senadora Damares
Alves lembrou que, se Silvio Almeida ainda for ministro em agosto, que dê uma
olhada lá na Colmeia e na Papuda, para ver a situação dos presos, pois estamos
quase empatados com a Venezuela, que tem 280 presos políticos.
Enquanto isso, o presidente Lula cada vez mais
restringe a possibilidade de o cidadão ter armas. Agora, estão noticiando que o
calibre 38 será restrito, deixando uma incerteza muito grande nas empresas de
segurança, que se proliferaram no país porque o Estado brasileiro não deu a
proteção que os pagadores de impostos desejariam. Para quê isso? Nos Estados
Unidos, a Constituição prevê a posse de armas para evitar, originariamente, a
opressão do Estado. Na Europa, se criaram as sociedades de tiro na Alemanha, em
defesa contra a opressão dos senhores feudais. Essa é a democracia: o direito
de a pessoa não ser oprimida pelo Estado.
Foi isso que se impôs ao João Sem Terra em 1215, e
800 anos depois ainda estamos discutindo isso no Brasil de hoje, que não
respeita sequer o caput do artigo 5.º dos direitos e garantias individuais, que
diz que todos são iguais perante a lei, independente de distinção de qualquer
natureza. Mas o governo quer estabelecer penas dignas de crime hediondo para
quem xingar autoridade, para quem agredir autoridade. O governo está criando
uma diferença, em que a autoridade é mais importante que o cidadão. O cidadão é
a origem do poder; a autoridade só tem o poder porque lhe foi conferido pelo
cidadão, isso é óbvio. Democracia é isso. E, no entanto, temos a impressão de
que o presidente Lula olha para os seus 77 anos, vê que terá 81 quando terminar
o mandato, e está com pressa, cada vez mais fortalecendo o Estado sobre a
nação.
FONTE: GAZETADOPOVO
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