Agosto já é o mês do ano com maior saída de estrangeiros da bolsa
Movimento ocorre em meio à maior sequência negativa da história; Ibovespa caiu por 13 pregões consecutivos
Investidores estrangeiros retiraram da B3 R$ 5,84 bilhões de reais nos
doze primeiros pregões de agosto. Sem considerar os aportes em ofertas públicas
subsequentes (follow-on), a evasão seria de R$ 8,63 bilhões. A saída de capital
externo da bolsa brasileira já é a maior desde maio de 2022, quando o saldo
negativo foi de R$ 6,17 bilhões. Neste ano, o maior de saída de estrangeiros
havia sido em maio venderam R$ 4,15 bilhões em ações a mais do que compraram.
A saída de capital externo da B3 ocorre em meio à maior sequência de
perdas da história do Ibovespa. No último pregão, o principal índice da bolsa
brasileira encerrou em queda pelo 13º pregão consecutivo. As perdas tiveram
início após quatro altas mensais consecutivas. O índice caiu em todos os pregões
do agosto.
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Incertezas sobre o fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos e
decepções com o ritmo de crescimento da China têm atrapalhado o sucesso da
bolsa brasileira nas últimas semanas. A maior saída do mês, segundo dados
compilados pelo TradeMap, foi no dia 4 de agosto, quando a queda do Ibovespa
foi puxada pelas ações da Petrobras e Bradesco, que tombaram mais de 4% em
reação aos balanços de ambas as companhias.
A maior aversão a mercados emergentes, no entanto, é mundial. Em agosto,
o MSCI Emerging Markets subiu apenas em dois pregões. O índice representa os
mercados de 24 países em desenvolvimento e possui mais de 1.400 empresas em sua
composição. China, Taiwan, India, têm os maiores pesos do índice, com 30,67%,
14,77% e 14,21% de participação, respectivamente. O Brasil é apenas o quinto
mais relevante, com 5,49% de participação, atrás da Coreia do Sul , com 12,38%.
Embora longa, a sequência de perdas do Ibovespa não é tão intensa. Até o
início do pregão desta sexta-feira, 18, o Ibovespa acumulava perda de 5,71%; Em
apenas um dos 13 pregões o Ibovespa caiu mais de 1%, numa média de pouco mais
de 500 pontos de baixa por sessão. Na época do coronavírus, o Ibovespa chegava
a 10.000 pontos em apenas um pregão.
O que ajuda a dar sustentação para a bolsa são perspectivas para a
economia brasileira terem melhorado nos últimos meses; O avanço de pautas
econômicas em Brasília a o início dos cortes de juros pelo Banco Central
chegaram a animar os investidores, mas o Brasil não se safou do pessimismo que
se formou no exterior.
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