98 das 100 cidades mais competitivas do país estão no Sudeste e no Sul
Noventa e oito dos cem municípios mais competitivos do Brasil estão nas regiões Sudeste e Sul, aponta relatório do Centro de Liderança Pública (CLP).
O cenário de concentração é semelhante ao do ranking de competitividade dos estados, no qual as 11 unidades da federação do Sudeste, Sul e Centro-Oeste aparecem nas 11 primeiras posições do país.
No top 100 das cidades competitivas, apenas Recife, na 37.ª posição, e Campo Grande, no 92.° lugar, não ficam no Sudeste ou no Sul.
O ranking do CLP é composto por 410 municípios com mais de 80 mil habitantes, onde moram cerca de três quintos da população brasileira.
Uma série de fatores explica a forte presença de Sudeste e Sul no topo do ranking: uma carga histórica, que levou ao atraso no desenvolvimento estrutural de cidades das outras regiões, e dados desfavoráveis destas últimas em segurança, saneamento e na economia.
As cinco cidades mais competitivas, segundo o
levantamento, são Florianópolis, São Paulo, Barueri (SP), Porto Alegre e São
Caetano do Sul (SP). “Este grupo apresenta excepcional desempenho em economia”,
destaca o relatório da pesquisa.
São Paulo é o estado com mais representantes no
"top 100" – 49 cidades paulistas, quase metade, estão nessa relação:
• São Paulo: 49 municípios no top 100
• Paraná: 13 municípios no top 100
• Santa Catarina: 13
• Minas Gerais: 12
• Rio Grande do Sul: 7
• Rio de Janeiro: 3
• Espírito Santo: 1
• Mato Grosso do Sul: 1
• Pernambuco: 1
Florianópolis é cidade mais competitiva pela
primeira vez
Florianópolis passou à liderança do ranking
nacional de competitividade pela primeira vez desde que o levantamento é
divulgado, após quatro anos consecutivos de domínio de Barueri (SP).
A capital catarinense alcançou o topo após melhorar
sua posição na dimensão sociedade, ganhando 30 posições em relação ao
levantamento anterior, de 2022 – atualmente ela ocupa a 42.ª posição nesse
quesito.
A dimensão sociedade reflete o desempenho da cidade em pilares relacionados a acesso e qualidade de educação, saúde, saneamento, segurança pública e meio ambiente.
A cidade também é a líder nacional na dimensão econômica, área em que se destaca em quase todos os pilares. Avançou uma posição em inovação e dinamismo econômico, indo para a terceira colocação do país. É líder em capital humano, mas perdeu cinco posições no campo inserção econômica. O levantamento indica que o principal ponto a melhorar em Florianópolis são as telecomunicações, quesito em que a cidade perdeu 131 posições e agora ocupa o 173.º lugar.
“Assim, as dimensões instituições e sociedade se
mostram como as principais oportunidades de melhoria para o município
permanecer na liderança”, destaca o relatório.
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São Paulo: destaque nas dimensões institucional e
econômica
A segunda colocada no ranking é a cidade com o
maior PIB do país, São Paulo. Na comparação com 2022, ela avançou três posições
na classificação geral, após se tornar destaque na dimensão institucional,
permanecer em quinto na economia e ter avançado 29 posições em sociedade, onde
agora ocupa a 47.ª posição.
Na dimensão econômica, o principal ponto de
melhoria é na infraestrutura de telecomunicações. A cidade avançou nos outros
pilares, sendo hoje a principal referência nacional em inovação e dinamismo
econômico, e está bem posicionada em capital humano, tendo subido duas
posições, ocupando agora a 29.ª posição.
Na dimensão institucional, a cidade avançou uma
posição no pilar sustentabilidade fiscal, ocupando a terceira posição, e perdeu
cinco em funcionamento da máquina pública. Agora é a 21.ª colocada nesse
ranking. O CLP destaca que essa dimensão é a principal oportunidade de melhoria
para a capital paulista consolidar o seu avanço.
Barueri perde a liderança pela primeira vez
Em 2023, Barueri perdeu o título de cidade mais competitiva do país. Ela teve um leve recuo nas três dimensões que compõem o estudo: perdeu três posições em instituições e sociedade, indo respectivamente para a oitava e a 29.ª colocação, e perdeu uma posição na dimensão economia, indo para o terceiro lugar.
A cidade da região metropolitana de São Paulo
deixou, pela primeira vez, de ser o grande destaque do pilar de inovação e
dinamismo econômico. Por outro lado, permanece na liderança em inserção
econômica e tem um bom posicionamento em capital humano (56.ª posição).
Porto Alegre: desafio é melhorar na dimensão
sociedade
Porto Alegre se manteve na quarta posição do ranking de cidades mais competitivas do país. Segundo o CLP, ela se destaca na dimensão institucional, na qual perdeu uma colocação em relação a 2022, caindo para o nono lugar; e na dimensão economia, em que subiu um degrau e agora ocupa o segundo lugar.
Na área econômica, a capital gaúcha tem ótimo ou bom posicionamento em quase todos os pilares, exceto telecomunicações. Seu melhor desempenho é em capital humano, em que ocupa a quarta posição.
O principal ponto de melhoria é na dimensão sociedade, que consolida dados de acesso e qualidade de educação, saúde, saneamento, segurança pública e meio ambiente.
Apesar de ter avançado 23 posições no último ano,
ainda ocupa uma modesta 107.ª classificação no ranking. “Tem nesta (dimensão) a
grande oportunidade de melhoria para se consolidar na lista de municípios mais
bem posicionados”, ressalta o CLP.
São Caetano do Sul: destaque em sociedade e
economia
A quinta cidade mais competitiva do país é São
Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. Destaca-se por ser o
melhor município na dimensão sociedade e por ter um excelente desempenho na
área econômica, mesmo tendo perdido seis posições. Agora ocupa agora a 13.ª
colocação.
O município é, pela quarta vez seguida, o melhor
colocado na área sociedade, com um desempenho relativo excepcional e estável em
relação ao ano anterior. O ponto fraco é a questão ambiental, na qual tem uma
performance insatisfatória e ocupa apenas a 400.ª posição da lista.
A dimensão institucional é outro ponto fraco e, ao
mesmo tempo, a principal oportunidade para melhorar sua competitividade. No
último ano, perdeu 19 posições e agora ocupa a 136.ª colocação.
As cinco cidades menos competitivas
As cinco cidades menos competitivas do ranking são Belford Roxo (RJ), Barra do Corda (MA), Pinheiro (MA), Itaituba (PA) e Moju (PA). Segundo o CLP, o posicionamento desses municípios no ranking geral se justifica pelo desempenho insatisfatório nas três dimensões que compõem o estudo.
“A melhoria da competitividade destes municípios
requisitará uma ação conjunta de todas as esferas da sociedade para alavancar
fatores críticos à competitividade nas três dimensões consideradas neste
ranking”, destaca o CLP.
As cidades mais competitivas do país em cada área
Confira a seguir as três cidades mais competitivas
em cada critério e, na sequência a lista geral das 100 cidades mais
competitivas do país.
DIMENSÃO INSTITUIÇÕES
1. São Paulo (SP)
2. Balneário Camboriú (SC)
3. Sinop (MT)
Pilar sustentabilidade fiscal
1. Barueri (SP)
2. Varginha (MG)
3. São Pauio (SP)
Pilar funcionamento da máquina pública
1. Vitória (ES)
2. Londrina (PR)
3. Juiz de Fora (MG)
DIMENSÃO SOCIEDADE
1. São Caetano do Sul (SP)
2. Votuporanga (SP)
3. Vinhedo (SP)
Pilar acesso à saúde
1. Lajeado (RS)
2. Pato Branco (PR)
3. Toledo (PR)
Pilar qualidade da saúde
1. Florianópolis (SC)
2. Balneário Camboriú (SC)
3. Coronel Fabriciano (MG)
Pilar acesso à educação
1. Votuporanga (SP)
2. Barretos (SP)
3. São Caetano do Sul (SP)
Pilar qualidade da educação
1. Sobral (CE)
2. São Caetano do Sul (SP)
3. Itatiba (SP)
Pilar segurança
1. Várzea Paulista (SP)
2. Poá (SP)
3. São Caetano do Sul (SP)
Pilar saneamento
1. Santos (SP)
2. Pinhais (PR)
3. Balneário Camboriú (SC)
Pilar meio ambiente
1. Alenquer (PA)
2. Breves (PA)
3. Ubatuba (SP)
DIMENSÃO ECONOMIA
1. Florianópolis (SC)
2. Porto Alegre (RS)
3. Barueri (SP)
Pilar inserção econômica
1. Barueri (SP)
2. São Caetano do Sul (SP)
3. São José (SC)
Pilar inovação e dinamismo econômico
1. São Paulo (SP)
2. Barueri (SP)
3. Florianópolis (SC)
Pilar capital humano
1. Florianópolis (SC)
2. Vitória (ES)
3. Recife (PE)
Pilar telecomunicações
1. Ubatuba (SP)
2. São Sebastião (SP)
3. Caraguatatuba (SP)
Ranking geral: as 100 cidades mais competitivas do
país
1. Florianópolis (SC)
2. São Paulo (SP)
3. Barueri (SP)
4. Porto Alegre (RS)
5. São Caetano do Sul (SP)
6. Curitiba (PR)
7. Campinas (SP)
8. Vitória (ES)
9. Santana de Parnaíba (SP)
10. Santos (SP)
11. Maringá (PR)
12. Belo Horizonte (MG)
13. Balneário Camboriú (SC)
14. São Bernardo do Campo (SP)
15. Blumenau (SC)
16. Jundiaí (SP)
17. Jaraguá do Sul (SC)
18. Criciúma (SC)
19. Indaiatuba (SP)
20. São José do Rio Preto (SP)
21. São Carlos (SP)
22. Votuporanga (SP)
23. Piracicaba (SP)
24. Ribeirão Preto (SP)
25. Vinhedo (SP)
26. Londrina (PR)
27. Araras (SP)
28. Uberlândia (MG)
29. Lavras (MG)
30. Botucatu (SP)
31. Barretos (SP)
32. Joinville (SC)
33. Pouso Alegre (MG)
34. Lajeado (RS)
35. Americana (SP)
36. Osasco (SP)
37. Recife (PE)
38. Araraquara (SP)
39. Chapecó (SC)
40. Paranavaí (PR)
41. Bauru (SP)
42. São José dos Campos (SP)
43. Itajubá (MG)
44. São João da Boa Vista (SP)
45. Sorocaba (SP)
46. São Bento do Sul (SC)
47. Assis (SP)
48. Nova Lima (MG)
49. Araçatuba (SP)
50. Tubarão (SC)
51. São Sebastião (SP)
52. Ijuí (RS)
53. Ipatinga (MG)
54. Pinhais (PR)
55. Cascavel (PR)
56. Atibaia (SP)
57. Itatiba (SP)
58. Francisco Beltrão (PR)
59. Varginha (MG)
60. Rio de Janeiro (RJ)
61. Paulínia (SP)
62. Pato Branco (PR)
63. Lorena (SP)
64. Caraguatatuba (SP)
65. Niterói (RJ)
66. Catanduva (SP)
67. Caxias do Sul (RS)
68. Itajaí (SC)
69. Limeira (SP)
70. Franca (SP)
71. Jacareí (SP)
72. Valinhos (SP)
73. Santo André (SP)
74. Marília (SP)
75. Bragança Paulista (SP)
76. Sertãozinho (SP)
77. Resende (RJ)
78. São José (SC)
79. Poços de Caldas (MG)
80. Taubaté (SP)
81. Mogi Mirim (SP)
82. Brusque (SC)
83. Presidente Prudente (SP)
84. Bento Gonçalves (RS)
85. Toledo (PR)
86. Hortolândia (SP)
87. Uberaba (MG)
88. Praia Grande (SP)
89. Campo Mourão (PR)
90. Cajamar (SP)
91. Concórdia (SC)
92. Campo Grande (MS)
93. Barbacena (MG)
94. Leme (SP)
95. São Leopoldo (RS)
96. Ponta Grossa (PR)
97. Umuarama (PR)
98. Santa Maria (RS)
99. Itabira (MG)
100. Araucária (PR)
Confira a abaixo (ou neste link) a publicação
completa do CLP:
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