Desembargador suspende cassação de Crivella por suposto abuso de poder


De acordo com o magistrado Bruno Bodart, recurso ajuizado pelo político tem efeito suspensivo

O desembargador eleitoral Bruno Bodart, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, suspendeu a cassação do mandato do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e a decisão que o tornava inelegível por oito anos, por suposto abuso de poder. O R7 tenta contato com Crivella e sua defesa.

A decisão é da última quarta-feira (19). Quanto à cassação do diploma de deputado federal, de acordo com magistrado, toda decisão que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo. Isso significa que o recurso suspende imediatamente a decisão de primeira instância.

Já sobre a inelegibilidade, o desembargador afirmou que "“a decisão singular somente terá eficácia após o trânsito em julgado ou, se reafirmada por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, após a publicação da decisão do tribunal"

LEIA TAMBÉM: 

Entenda o caso

A decisão foi tomada em 8 de maio, em processo movido pelo PT e PCdoB, baseado na denúncia de que ele teria montado um esquema para tentar barrar a divulgação de notícias sobre a saúde no Rio de Janeiro, em 2020, quando era candidato à reeleição. O deputado sempre negou a acusação. A defesa de Crivella informou que vai recorrer dessa nova decisão.

Apesar da decisão de primeira instância, a cassação e a inegibilidade não tinham efeito imediato. O deputado continuou exercendo seu mandato normalmente.

Na época, o Republicanos afirmou que cassação de mandato "não cabe a uma juíza eleitoral de primeira instância, que não possui competência legal para isso". Em nota, o partido reafirmou ainda seu compromisso com a legalidade, a transparência e o respeito às instâncias judiciais. "Confiamos plenamente no sistema jurídico vigente e na busca por uma decisão justa e imparcial."

Nenhum comentário