Preços sobem mais R$ 5,00/ARROBA e disparada do boi gordo continua
O mercado físico do boi gordo registrou preços
firmes, com negócios realizados acima das médias de referência em algumas
regiões; Entressafra trazendo bons momentos para o pecuarista que conseguiu
segurar o boi gordo até agora!
O mercado físico do boi gordo registrou preços
firmes nesta quinta-feira, 22, com negócios realizados acima das médias de
referência em algumas regiões, de acordo com as consultorias que avaliam o
mercado diariamente. O pecuarista que conseguiu segurar mais tempo o boi gordo
pode começar a colher os resultados de ter aguentado a pressão de seus custos.
Os sinais de que a @ está começando a sair do andar
de baixo estão ficando mais claros. Não se pode dizer que saiu definitivamente,
mas, sim, a pressão parece começar a ceder, pensa Gustavo Machado, da StoneX.
Os frigoríficos estão operando com escalas de abate mais curtas, o que sugere
uma maior propensão a reajustes positivos nos preços da arroba no curto prazo.
Empresa é condenada a pagar R$ 1,4 mi por maus
tratos de 30.000 bois durante transporte
Segundo relatório da Agrifatto, o mercado físico do
boi gordo caminha para o fim da safra e o aumento na cotação pode ser observado
em alguns locais, justificado pelo recuo nas escalas de abate. Sinais de menor
oferta já reflete nas expectativas do mercado futuro, onde na B3, o contrato
para jun/23 encerrou o pregão cotado em R$ 251,90, reajuste de 0,56% no
comparativo diário.
LEIA TAMBÉM:
Ao longo de junho, tem-se observado uma redução no
volume de animais ofertados, o que dificulta a composição das escalas de abate.
O analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, prevê que esse movimento
se consolide no próximo período, considerando a maior demanda esperada com a
entrada dos salários na economia.
Com um dia de compra e venda acanhado, o preço do
boi abriu o dia estável. A cotação do boi para o mercado interno está em
R$245,00/@, a da vaca em R$210,00/@ e a da novilha em R$230,00/@, preços brutos
e a prazo.
No interior de São Paulo, de acordo com apuração da
Scot Consultoria, o “boi-China (abatido mais jovem, com até 30 meses) teve
valorização de R$ 5/@ nesta quinta-feira, chegando a R$ 250/@, no prazo (valor
bruto). Entretanto, alguns pecuaristas informaram negociações pontuais a R$
260,00/@, mas não identificaram qual frigorífico.
Segundo a S&P Global Commodity Insights, as
expectativas de menor oferta de boiada gorda trouxe alento aos preços do boi
gordo, que seguem em trajetória de recuperação em algumas importantes praças
brasileiras. “Apesar da demanda retraída e o ritmo mais cadenciado nas compras
de boiadas gordas, as indústrias acabaram fixando negócios em novos patamares
de preços”, relatou a S&P Global, referindo-se aos avanços desta quinta-feira
observados em algumas praças pecuárias.
“O nível de animais terminados a pasto já é enxuto, principalmente nos Estados do Mato Grosso e de Rondônia”, apurou a S&P Global.
Hyberville Neto, da HN Agro, já vê esse cenário, embora também cauteloso, escorando os preços atuais dentro de certo grau de estabilidade – com alguns repiques positivos. A menor disponibilidade de animais foi decorrência, em maior grau, das vendas que os produtores de “cobertor mais curto”, em vencimentos de obrigações, tiveram que fazer.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
• Em São Paulo, capital, a referência para a arroba
do boi atingiu R$ 248.
• Em Dourados (MS), o valor indicado foi de R$ 241
por arroba.
• Em Cuiabá, o preço indicado ficou em R$ 208 por
arroba.
• Já em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 228
por arroba do boi gordo.
• Em Uberaba (MG), o preço da arroba foi de R$ 227.
Boi no atacado
No mercado atacadista, alguns cortes de carne
bovina apresentaram alta. O atacado e o varejo permanecem com baixa liquidez de
mercadoria devido ao baixo poder aquisitivo do mercado interno, como de praxe
da segunda quinzena do mês. Espera-se que esse movimento se fortaleça durante a
próxima virada de mês, quando a entrada dos salários na economia estimula a
reposição entre o atacado e o varejo.
No entanto, a carne de frango ainda é mais
competitiva em comparação com a carne bovina, o que limita possíveis altas mais
agressivas.
• O quarto traseiro teve seu preço fixado em R$
18,30 por quilo, registrando uma alta de R$ 0,15.
• O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,60 por
quilo, apresentando um aumento de R$ 0,30.
• A ponta de agulha teve seu preço estabelecido em
R$ 13,30 por quilo, com um acréscimo de R$ 0,30.
Segundo agentes consultados pelo Cepea, esse
movimento de alta está atrelado a ajustes de estoques na indústria e no varejo.
Além disso, as exportações de carne bovina em ritmo intenso também tenderiam a
reduzir a disponibilidade interna da carne.
Nenhum comentário