Lira: Sem diálogo com o agronegócio, reforma tributária nem começa


Presidente da Câmara cita bancada do agro, com 320 deputados, ao defender tratamento das prioridades de diversos setores da economia

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender, nesta quarta-feira (21), a necessidade de articulação política junto a diversos setores da economia, para que haja aprovação de uma reforma tributária “possível”, para simplificar a arrecadação. Mas destacou que, “sem diálogo com o agronegócio, a reforma tributária nem começa”, durante participação de debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo grupo Esfera Brasil, em Brasília.

Lira exaltou o tamanho da bancada do agro na Câmara, com 320 deputados, ao defender que aprovação das propostas de emendas constitucionais da reforma (as PECs 45/19 e 110/19) depende do tratamento das prioridades de setores diversos, não de apenas uma categoria.

“Temos a bancada [do agronegócio] com mais de 320 membros. Se não tivemos um texto claro que dialogue com esse setor, a reforma nem começa”, sentenciou Lira, que também destacou que todos os estados devem ser contemplados na reforma tributária.

O deputado alagoano aconselhou líderes de bancadas sobre a importância da capacidade de articulação política, ao sugerir que haja o fechamento de questão, sem dar espaço para alterações mais radicais e de última hora, nos textos a serem submetidos à votação em Plenário.

E citou ainda os setores da saúde, da educação e de serviços, para ressaltar que o parlamento está aberto a acolher no debate as prioridades de todos que tiverem interesse na reforma tributária.

“É importante que todos saibam que todos temos uma reforma ideal, mas nosso objetivo é uma reforma tributária possível, que simplifique, que desburocratize e traga segurança jurídica”, avaliou Lira, ao considerar legítimos os esforços de todas as categorias e setores para terem benefícios com a reforma.

Assista ao debate com Lira, do qual também participaram o presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade:

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