Conheça o Pika, mamífero de apenas 20 cm na lista de animais ameaçados de extinção


Ele, que foi encontrado em montanhas na China, não consegue sobreviver devido ao avanço da agropecuária e das mudanças climáticas

Um animal com uma das carinhas mais fofas que você vai ver hoje está ameaçado de extinção. Com apenas 20 cm, o Pika de Ili chamou a atenção do cientista Weidong Li, que fazia uma pesquisa financiada pelo governo da China para as áreas montanhosas do noroeste do país, com o objetivo de estudar doenças infecciosas e recursos naturais, em 1983.

Ele, que na ocasião trabalhava no Instituto de Ecologia e Geografia Xinjiang, contou que não imaginava que encontraria o pequeno mamífero saindo de uma fenda em uma rocha. O cientista, então, pegou vestígios do animal para ser analisado na Academia Chinesa de Ciências para estudarem se era mesmo uma espécie nova. "Eles o encontraram escondido atrás de uma rocha e perceberam que haviam encontrado o Pika", disse Tatsuya Shin, um naturalista na China que trabalhou com os descobridores do Pika para o National Geographic.

LEIA TAMBÉM: 

O Pika, que foi classificado como ameaçado de extinção em 2019, de acordo com a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN Red List) (abaixo), vive a uma altitude de 2.800 metros e 4.100 metros nas montanhas de Tianshan. A alimentação do animal consiste em vegetação, além de ser solitário, pois não foram visto em duplas ou grupos.

O animal é tão discreto que só foi visto novamente em 2014, em que o mesmo pesquisador conseguiu registrar o pequeno mamífero em foto, 30 anos depois do primeiro encontro.

Segundo a mídia internacional, a dificuldade de encontrar Pika não se deve apenas ao hábito de vida solitária. O mamífero é extremamente sensível às mudanças de ambiente. Com a presença cada vez mais forte da agropecuária e as mudanças climáticas em seu habitat natural, eles acabam não sobrevivendo.

De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natural, havia uma estimativa de que cerca de 2 mil Pikas vivessem no planeta, na década de 1990.



Nenhum comentário