No ranking da liberdade de imprensa, Brasil perde até para a Ucrânia
Mesmo antes da investida dos Poderes a favor do Projeto da Censura no Brasil, país era apenas o 92º em ranking da liberdade de imprensa 2023
O Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2023, da
organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), aponta o Brasil como o 92º numa
lista de 180 países no quesito condições para o exercício do jornalismo.
Segundo a organização, a liberdade de jornalistas é maior na Ucrânia, em plena
guerra, por exemplo, do que no Brasil sob o novo governo do presidente Lula
(PT).
O ranking ainda não considera a investida do
Projeto da Censura, projeto de lei 2630, que lulistas tentaram aprovar esta
semana na Câmara dos Deputados, sem sucesso.
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A avaliação da RSF tem o propósito de comparar os
níveis de liberdade jornalística entre 180 nações. Para isso, a organização
leva em consideração “a habilidade de jornalistas, como indivíduos e coletivo,
de selecionar, produzir e disseminar notícias de interesse público independente
de interferência política, econômica, legal e social e na ausência de ameaça à
segurança física e mental”.
Segundo a RSF, a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro do comando do Brasil e a posse Lula restauraram “a estabilidade às relações entre a mídia e o governo”. Ainda assim, a violência contra jornalistas, a concentração do controle da mídia e efeitos da desinformação, diz a ONG, são desafios para a liberdade no Brasil.
No topo do ranking, Noruega, Irlanda e Dinamarca lideram a liberdade de imprensa no mundo. Os EUA ocupam a 45ª posição.
Na rabeira, Coreia do Norte (180º), China (179º),
aliada de primeira hora do novo governo petista, e Vietnã (178º) são o paraíso
da censura, segundo a RSF. Outros países elogiados por membros da administração
petista, como Cuba (172º), Rússia (164º) e Venezuela (159º) também constam na
parte inferior do ranking da liberdade 2023.
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