Malware que rouba dinheiro é identificado em 11 apps do Google Play; confira a lista
O malware do tipo trojan Fleckpe é capaz de inscrever os usuários dos aplicativos em assinaturas pagas não autorizadas
Um novo malware do tipo trojan foi identificado em
11 aplicativos da Google Play Store, loja oficial de aplicativos para Android.
Se passando por aplicativos legítimos, a ameaça foi baixada mais de 620 mil
vezes por usuários.
Conforme revelou a Kaspersky, com o malware
Fleckpe, o aplicativo é capaz de inscrever usuários em serviços premium sem que
eles saibam. Dessa forma, os malfeitores recebem uma parte das taxas geradas
pelas assinaturas pagas, quando os serviços pertencem aos próprios
cibercriminosos, eles recebem todo o dinheiro pela assinatura.
Os dados da empresa especializada em segurança digital indicam que esse malware está ativo desde 2022, mas só foi descoberto recentemente.
A maioria das vítimas é da Malásia, Indonésia,
Tailândia, Singapura e Polônia, mas usuários de todo o mundo foram afetados em
menor escala.
LEIA TAMBÉM:
Confira a lista de aplicativos infectados pelo
malware
•
Beauty Camera Plus (com.beauty.camera.plus.photoeditor)
•
Beauty Photo Camera (com.apps.camera.photos)
•
Beauty Slimming Photo Editor (com.beauty.slimming.pro)
•
Fingertip Graffiti (com.draw.graffiti)
• GIF
Camera Editor (com.gif.camera.editor)
• HD
4K Wallpaper (com.hd.h4ks.wallpaper)
•
Impressionism Pro Camera (com.impressionism.prozs.app)
• Microclip Video Editor (com.microclip.vodeoeditor)
•
Night Mode Camera Pro (com.urox.opixe.nightcamreapro)
• Photo Camera Editor (com.toolbox.photoeditor)
•
Photo Effect Editor (com.picture.pictureframe)
A Kaspersky disse em seu relatório que todos os
aplicativos foram removidos da loja da Google Play, mas “agentes maliciosos
podem ter implantado outros aplicativos ainda não descobertos, portanto, o
número real de instalações pode ser maior”.
Ainda que as aplicações tenham sido removidas, elas ainda podem continuar no dispositivo de usuários. Caso tenha algum desses aplicativos baixados em seu celular, a recomendação é desinstalar quanto antes.
Como age o malware
Conforme explica o pesquisador da Kaspersky Dmitry
Kalinin, quando aplicativo é iniciado, ele carrega uma “biblioteca nativa” que
contém um dropper (um tipo de trojan) responsável por executar uma carga útil
do aplicativo.
Com essa carga útil, o aplicativo faz contato e
transmite as informações do dispositivo para o servidor de comando do agente da
ameaça.
Usando esse servidor de comando, o hacker consegue
abrir uma janela invisível ao usuário e inscrever a vítimas nos serviços de
assinatura paga.
Tudo isso acontece enquanto o aplicativo apresenta
as funcionalidades prometidas em sua descrição da Google Play Store, ou seja,
em momento nenhum a vítima vê as operações realizadas por trás dessa ameaça.
Com informações de Bleeping Computer e Hacker News.
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