Com Bolsonaro, Brasil teve menor desigualdade social da história com o Auxílio Brasil


Brasília – Com o aumento do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 reais, e a queda na taxa de desemprego, que atingiu o menor patamar desde 2015, no governo Bolsonaro, a desigualdade de renda caiu no país em 2022 e atingiu o menor nível da série histórica.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua – Todos os rendimentos, divulgados nesta quinta-feira,11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostra que em 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita chegou a R$1.586, com alta de 6,9% frente a 2021, quando registrou o menor valor (R$ 1.484) da série histórica iniciada em 2012. Com isso, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% ante 2021, chegando a R$ 339,6 bilhões.

O percentual de pessoas com rendimento na população do país subiu de 59,8% em 2021 para 62,6% em 2022, maior proporção da série histórica, iniciada em 2012.

O rendimento médio real de todas as fontes cresceu 2,0% frente a 2021 e chegou a R$ 2.533, o segundo menor valor da série, desde 2012. Já o rendimento de todos os trabalhos (R$ 2.659) caiu 2,1%, enquanto o rendimento de outras fontes (R$ 1.657) cresceu 12,1%.

De 2021 para 2022, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos subiu 6,6%, indo para R$ 253,1 bilhões. Foi uma recuperação após as perdas de 5,6% em 2020 e de 3,2% em 2021, durante a pandemia.

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Segundo o IBGE, ainda em 2021, mudanças na política de concessão do auxílio emergencial fizeram com que voltasse a aumentar o percentual de domicílios com alguém recebendo Bolsa Família (8,6%) e se reduzisse a proporção dos que recebem outros programas sociais (15,4%).

Já em 2022, a interrupção do pagamento do auxílio emergencial e a criação do Auxílio Brasil ajudam a explicar parte do aumento percentual de domicílios recebendo este programa (16,9%) e a redução na categoria. “Outros programas sociais” para 1,5%. Essas oscilações tão amplas podem indicar migrações para um benefício mais vantajoso durante a pandemia ou decorrer de eventuais dificuldades dos informantes da pesquisa em identificar corretamente qual benefício recebiam.

“A categoria de outros programas sociais, que incluía o Auxílio Emergencial, retornou ao seu patamar histórico de menos de 2% na Pesquisa. Já na rubrica onde captamos o Bolsa Família e onde é captado o Auxílio Brasil neste ano, se compararmos com o pré-pandemia, podemos ver que a proporção de pessoas beneficiadas aumentou de 14,3% em 2019 para 16,9% em 2022”, explica a analista da pesquisa, Alessandra Brito.


Índice de Gini

Após crescer em 2021 (0,544), o índice de Gini do rendimento médio mensal domiciliar per capita caiu em 2022, atingindo a marca de 0,518. Quanto maior o Gini, maior a desigualdade.

Já o Gini do rendimento médio mensal de todos os trabalhos caiu de 0,499 para 0,486, atingindo seus menores valores, na média do país e em quase todas as regiões.

“Ele [índice de Gini] aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos”, explica o Ipea. “Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos.” No Relatório de Desenvolvimento Humano 2004, elaborado pelo Pnud, o Brasil aparece com índice de 0,591, quase no final da lista de 127 países.”

 


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