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Em entrevista ao Pânico, ex-presidente nega ter cometido fraude em comprovante e dá detalhes da operação da PF em sua residência

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concede entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News, e nega que tenha cometido qualquer adulteração no seu cartão de vacinas. Alvo de busca e apreensão durante a Operação Venire, da Polícia Federal, nesta quarta-feira, 3, o político disse que não se vacinou contra a Covid-19 por uma “visão pessoal”. “Falei que não havia tomado a vacina, em especial depois que li o que chamo de ‘a bula da Pfizer’. Acharam o cartão de vacina da minha esposa Michelle, tiraram uma fotografia de cartão de vacina. 

Ela foi vacina em 2021, nos Estados Unidos, tomou a vacina da Jassen e passou mal na volta para o Brasil. Ano passado voltou a ter uma crise e o médico falou que era por causa da vacina”, disse o presidente, que se emocionou ao falar da esposa, também alvo da operação. “É uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a presidência. Fico emocionado porque mexer comigo é sem problemas, mas quando vai para esposa e filhos é desumano”, acrescentou o ex-presidente.

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Como a Jovem Pan mostrou, a Polícia Federal investiga se o cartão de vacinação de Bolsonaro e da sua filha mais nova, a Laura, teriam sido fraudados através da inserção de dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde. Com a inserção dos dados, os beneficiados eram capazes de burlar restrições sanitárias para entrar em países como os Estados Unidos, o que o presidente nega. “No tocante a fraude, da minha parte é zero. As vezes que viajei pelo mundo, uma vez foi para a Itália, se não me engano, perguntei se era exigido a vacina. Falaram que sim. Então falei ‘se é sim, não viajo’. Então veio a resposta oficial que estava dispensada a vacina. 

O tratamento para chefe de Estado é diferente de cidadão comum. Nas minhas idas aos Estados Unidos, nunca foi exigido o cartão vacinal”, esclareceu. Segundo Bolsonaro, sua filha Laura também não foi vacinada. O motivo seria a desconfiança do então presidente quanto aos possíveis efeitos colaterais do imunizante contra o coronavírus. “Minha filha, atualmente, tem um atestado médico e está dispensada de tomar vacina”, acrescentou.

Bolsonaro também detalhou como foi abordado pela Polícia Federal durante as ações de busca e apreensão em sua residência. “Nada me surpreende, na situação atual do Brasil. A pessoa tem que ser muito desinformada para se surpreender”, iniciou o político. De acordo com ele, os agentes federais chegaram por volta das 6 horas em sua casa, localizada em Brasília, e tocaram a campainha. Após confirmar que se tratava de policias federais, Bolsonaro diz que abriu a porta e convidou os agentes a entrar. “Fui tratado muito bem. Não houve exagero, voz mais alta Senti o constrangimento de alguns policiais. Perguntei o motivo [da operação], eles falaram. E falei que obviamente a casa estava à disposição. Pedi autorização para ligar para o advogado e liguei. Eles fizeram uma varredura na casa, buscando documentos, mídias sociais, e pegaram meu telefone”, disse o ex-mandatário. Segundo Bolsonaro, uma pistola dele também foi inicialmente apreendida pelos agentes federais, mas foi devolvida posteriormente. Na visão do ex-presidente, a deflagração de uma operação sobre o tema é para “esculachar”. “Poderiam perguntar de cartão e vacina para mim e eu responderia sem problema nenhum”, conclui.

Um comentário:

  1. VIVEMOS EM UM ESTADO DE DITADURA, O QUE OS PARECE. NO BRASIL ACABOUSE O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.

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