Tok&Stok faz liquidação de 50% para fechar loja às pressas; fundadora volta para empresa


Com uma crise financeira estimada em R$ 600 milhões, a Tok&Stok fez uma liquidação às pressas para fechar uma das suas lojas em Recife (PE). Segundo informações divulgadas nesta segunda (17), a unidade foi encerrada neste fim de semana após vender todo o estoque pela metade do preço. O movimento ocorre após Ghislaine Drubule, fundadora da varejista, retornar à operação durante a crise.

De acordo com o jornal Valor Econômico, a empresa não quis se manifestar sobre o fechamento da unidade e a segunda loja da empresa na capital pernambucana, localizada no Shopping Riomar, segue aberta.

Nas últimas semanas, a varejista de móveis já tinha fechado duas lojas em Fortaleza (CE). O movimento ocorre após a empresa contratar a consultoria Alvarez & Marsal para formalizar uma reestruturação financeira.

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Crise na Tok&Stok

Segundo fontes da Bloomberg Línea, a possibilidade de recuperação judicial não foi descartada e está na pauta dos gestores da empresa. Além disso, fontes do veículo destacaram que os fechamentos devem ocorrer até o fim deste mês e que outra unidade em risco é a do Praia de Belas Shopping, localizado na capital gaúcha.

Os resultados da Tok&Stok de 2022 ainda não foram divulgados. Contudo, estima-se que a empresa tenha uma dívida de R$ 600 milhões.

Segundo o site, a volta de Ghislaine para o comando da Tok&Stok marca o retorno dos fundadores à gestão do negócio — eles haviam vendido o controle da operação em 2012 para o fundo Carlyle Group, por R$ 700 milhões.

Além da volta da executiva, os últimos dias foram marcados por demissões no alto escalão da empresa. Eduardo Henrique Sampaio (COO), Clarice Sangalo Feitosa (diretora de operações vendas-loja) e Ana Cláudia Moura foram desligados da operação.

Uma das hipóteses do mercado para a crise na Tok&Stok é de que a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não conseguiu desová-lo como planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O setor vem de dois anos de dificuldades, com o salto dos juros em um momento de alto endividamento após a pandemia de Covid-19.

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