CEO do Telegram diz que Justiça pediu dados “tecnologicamente impossíveis” de obter
O criador e CEO do Telegram Pavel Durov emitiu um
posicionamento sobre a suspensão do aplicativo no Brasil. De acordo com Durov,
um tribunal no Brasil solicitou dados que são “tecnologicamente impossíveis”
para a plataforma obter.
“Estamos recorrendo da decisão e aguardamos a
resolução final. Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e
o seu direito à comunicação privada”, escreveu o CEO em um canal do Telegram.
Durov também destacou que “a missão do Telegram é
preservar a privacidade e a liberdade de expressão em todo o mundo”. Ele ainda
citou casos de outros países que bloquearam o Telegram como China, Irã e
Rússia.
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“Em casos em que as leis locais vão contra essa
missão ou impõem requisitos tecnologicamente inviáveis, às vezes temos que deixar
tais mercados. No passado, países como China, Irã e Rússia baniram o Telegram
devido à nossa posição principiada sobre a questão dos direitos humanos. Tais
eventos, embora infelizes, ainda são preferíveis à traição de nossos usuários e
às crenças nas quais fomos fundados”, explicou Durov.
A rede foi suspensa após suposta recusa em entregar
à Polícia Federal dados sobre grupos virtuais neonazistas. Especialistas
ouvidos pela Gazeta do Povo apontaram que tirar o app do ar por esse motivo não
resolve o problema em questão, fere o princípio constitucional da liberdade de
expressão e caracteriza "censura coletiva".
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