Novo teste diz se é covid-19 ou gripe em apenas 10 segundos
Pesquisadores querem trocar testes químicos por mudanças elétricas detectadas por nanomateriais para diagnosticar covid-19
Pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, estão trabalhando em um novo teste de covid que pode detectar a doença em questão de segundos. O processo se baseia na condução de eletricidade em um nanomaterial ao invés de uma reação química, como nos testes atuais.
As primeiras informações sobre o produto são as seguintes:
O grupo de trabalho do novo teste de covid conta
com financiamento da National Science Foundation, agência governamental dos EUA
independente que promove a pesquisa em ciência e engenharia.
A equipe deve apresentar resultados detalhados da
pesquisa no congresso da American Chemical Society (ACS), que acontece entre os
dias 26 e 30 de março.
O material escolhido pelos pesquisadores foi o
grafeno, uma estrutura de átomos de carbono alinhados em uma camada
extremamente fina e sensível.
Foram adicionados à superfície anticorpos contra o SARS-CoV-2, vírus causador da covid, e os contra o vírus da gripe.
Como deve funcionar o teste rápido de covid
Quando uma amostra infectada é depositada no teste, ligações específicas ativadas pela ação de cada anticorpo causam mudanças distintas na corrente elétrica do grafeno. Isso faz com que a doença possa ser identificada de forma quase instantânea.
“Esses nanomateriais ultrafinos geralmente detêm o recorde de melhor sensibilidade, mesmo na detecção de átomos individuais, e podem melhorar a capacidade de detectar quantidades muito pequenas de basicamente qualquer coisa que precise ser detectada, sejam bactérias ou vírus, em gás ou no sangue", disse a equipe, em comunicado.
Os resultados indicaram que o sensor poderia detectar a presença do material infectado. Além disso, verificaria a doença em quantidades extremamente baixas do material.
Isso, segundo os pesquisadores, indica que até mesmo a respiração, que detém quantidades de vírus menores, poderia ser usada nos testes.
Etapas posteriores da pesquisa visam integrar mais
tipos de vírus ao teste e melhorar ainda mais o desempenho do material. Os
cientistas também trabalham em uma tatuagem temporária, também baseada em
grafeno, que seria capaz de detectar alterações na pressão arterial.
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