Criação de empregos em janeiro cai pela metade no governo Lula

Brasil registra queda de 50,2% no número de novos postos de trabalho no primeiro mês de 2023

O Brasil iniciou 2023 com um saldo de 83,3 mil empregos com carteira assinada no mês de janeiro, conforme números divulgados pelo Ministério do Trabalho. O resultado mostra uma queda de 50,2% em relação a janeiro do ano passado, durante o governo Bolsonaro, quando foram gerados 167,3 mil postos de trabalho.

O governo federal informa que foram registradas 1,87 milhão de contratações e 1,79 milhão de demissões no primeiro mês do ano. Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a culpa pela queda na geração de empregos é do Banco Central, com sua política de juros para conter a inflação. A alta no endividamento da população e no custo da cesta básica também foram apontados como causas do recuo.

Em janeiro de 2020 e em janeiro de 2021, foram abertos respectivamente 112 mil e 245,2 mil postos de trabalho. Levando em conta a nova metodologia do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), adotada em 2020, esse foi o pior janeiro da série.

Ao final do primeiro mês deste ano, o país teve um saldo de 42,52 milhões de empregos com carteira assinada, com uma alta de apenas 0,20% ante o estoque de dezembro.

Dos cinco grandes grupos de atividades econômicas, houve saldo positivo em serviços (+40.686 postos), construção (+38.965 postos), indústria (+34.023 postos) e agropecuária (+23.147 postos). No comércio, houve queda, com saldo negativo de 53.524 postos.

Mas a culpa, claro, é do Banco Central.

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