Mercado projeta inflação maior para 2023


Boletim Focus foi divulgado nesta quarta-feira, 22, pelo Banco Central

Pela décima semana consecutiva, o mercado projetou a alta da inflação, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta quarta-feira, 22, pelo Banco Central.

No último boletim, divulgado na segunda-feira 13, os analistas de mercado projetaram inflação de 5,79% para 2023. Agora, a projeção é de 5,89%, a décima alta seguida.

Para 2024, o mercado projetou inflação de 4,02%, ante 4% na semana passada. É a quinta alta seguida. A tendência de alta também se observa nos índices projetados para 2025 e 2026, de 3,78% e 3,7%, respectivamente. Na semana passada, a projeção da inflação para esses dois anos era de 3,6% e 3,5%.

O boletim também mostra alta no crescimento da economia em comparação com a semana passada. Agora, a projeção dos analistas é de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% contra 0,76% há uma semana. Para 2024 e 2026, a projeção manteve-se estável em 1,5% e em 2%; e para 2025, a projeção é de queda de 1,85% na semana passada contra 1,8% agora.

Quanto à taxa básica de juros, os analistas mantiveram a projeção da semana passada, de fechar 2023 a 12,75% — a Selic atual, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) há duas semanas está em 13,75%. Para 2024 e 2025, os analistas também mantiveram o índice da semana passada, de 10% e 9% respectivamente. E para 2026 a projeção aumentou em relação à semana passada, de 8,5% para 8,75%.

Quanto ao câmbio, pela terceira semana seguida, os analistas mantiveram a projeção de que a moeda norte-americana fechará 2023 em R$ 5,25.

Divulgado toda segunda-feira (e excepcionalmente nesta quarta-feira por causa do feriado prolongado de Carnaval), o Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. 

O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

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