Inflação bate 3 dígitos na Argentina
Aumento dos preços fez o Banco Central dobrar a cifra da maior cédula em circulação
A inflação oficial da Argentina bateu praticamente três dígitos em janeiro, em comparação com 12 meses anteriores. O mês foi o 12º seguido com o aumento generalizado dos preços. O país é governado por Alberto Fernández, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A variação da inflação oficial é medida pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da República Argentina (Indec), que registrou aumento de 99% em janeiro. O órgão se assemelha ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Na esteira da elevação da inflação, o Banco Central da Argentina anunciou a criação de uma cédula de 2 mil pesos no início de fevereiro. A medida dobrou a cifra da maior nota em circulação no país.
De acordo com os preços registrados pelo Indec, a nova cédula mal compra dois pacotes com 5 quilos de arroz. A nota não faz frente a 4 quilos de cebola.
Para fazer uma compra básica, seriam necessários cerca de 8 mil pesos em janeiro. Ou seja: quatro notas de 2 mil pesos. Na lista, dois pacotes de 5 quilos de arroz, duas latas de leite em pó, uma dúzia de ovos e meio quilo de café, sem levar o açúcar.
O descontrole da inflação ocorre em meio a medidas
controversas do governo da Argentina. Em novembro, por exemplo, Sergio Massa,
ministro da Economia, congelou os preços de quase 2 mil produtos — e ainda
assim o custo de vida continua aumentado.
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