Elon Musk e outros famosos admitem que já usaram semaglutida para perder peso


Medicação indicada para quem tem diabetes tipo 2 traz riscos quando usada par fins estéticos

O Domingo Espetacular mostrou como a semaglutida, medicamento indicado para diabetes está sendo usado por anônimos e famosos para fins estéticos. Por ser apontada como auxiliar no emagrecimento, tem sumido das farmácias e preocupado quem realmente precisa do medicamento para amenizar sintomas da doença.

A influenciadora digital Tarine Gulusian conseguiu perder 20kg em apenas um mês com o medicamento. “Eu não tinha fome, eu praticamente não me alimentava”, disse. Sua prescrição foi dada pela médica nutróloga responsável por sua dieta, porém, o medicamento é encontrado nas farmácias e não necessita de receita para ser adquirido. A influenciadora garante que apesar da dieta controvérsia, a sua saúde não foi prejudicada.

A semaglutida é uma substância que ajuda o pâncreas a liberar insulina, quando os níveis de açúcar no sangue estão elevados. O remédio é indicado para quem tem diabetes tipo dois e comercializado no formato de caneta injetável, com várias aplicações. Seu valor é de cerca de R$1000. A quantidade e a frequência das doses variam de acordo com cada paciente.

O nutrólogo do hospital Moriah, Marcelo Cássio de Souza, explica como medicamento age no corpo do ser humano: “De modo bem simples, diminuindo a velocidade do esvaziamento gástrico, causando uma sensação de saciedade e fazendo você comer menos”.

Até mesmo o empresário famoso Elon Musk confirmou que utilizou a substância para perder alguns quilos. O nutrólogo não recomenda o uso da semaglutida para fins estéticos, e ressalta que a sua função não é o emagrecimento.

Marcelo também diz que existem contraindicações e que há riscos para o usuário: “Retinopatia, alteração de visão, um quadro de pancreatite”. A busca incessante pelo medicamento está fazendo com que ele suma cada vez mais das prateleiras da farmácia, preocupando aqueles que necessitam.

A agrônoma paisagista Alessandra Rosa se mudou recentemente para os Estados Unidos e confirma que o medicamento é difícil de ser encontrado devido a seu uso incomum também naquele país. Portadora da diabetes tipo dois, ela já não encontra a semaglutida há três meses.

Agora, Alessandra tenta controlar a doença com caminhadas e alimentação regrada. Ela defende que as pessoas que queiram perder peso façam o mesmo, para que o medicamento esteja disponível apenas para quem precisa.

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